Itália - Roma // Rome Parte 3

A turma do Contiki se despediu de mim em busca de novos destinos e eu fiquei em Roma, afinal eu tinha mais alguns dias extras na minha cidade dos sonhos. Mudei para o Hotel Bled que ficava próximo ao metrô Manzoni, e a partir daqui, começava meu tour solo, o que me deu a oportunidade de conhecer lugares que não fazem parte de um pacotão de turismo e revisitar os locais que mais gostei com toda a calma do mundo (Coloca aí nessa lista mais umas 56 visitas ao Coliseu, Fontana de Trevi com direito às moedinhas e meus almoços regado à vinho no restaurante di Renzo em frente ao Pantheon.)


Um dos passeios nada óbvios foi a visita ao Pardo degli Acquedotti, que falarei no final do post.

Dica coringa: O hard Rock Café é sempre uma boa pedida, em qualquer cidade. Em alguns lugares é uma opção até mais barata que um restaurante convencional, a comida sempre será boa e no final, dá tempo de comprar a clássica camiseta (ou caneca) do Hard Rock local. Em Roma não foi diferente de Florença e Veneza, o Hard Rock é vida!


Em algum lugar, li sobre a Via Veneto, e agora sozinha, era a oportunidade de visitar. Como Roma é uma cidade relativamente grande, me dei o direito de andar com um mapinha e um guia tipo Lonely Planet, pois se perder aqui não é tão legal quanto Veneza e um guia ajuda com as rotas mais fáceis para aproveitar mais coisas.
Da Fontana di Trevi, por exemplo, é possível chegar à Villa Borghese, passando por galerias, museus e praças.
Imperdível é a vista neste trajeto da Piazza Spagna. A praça projetada em formato de borboleta por Bernini, contem uma fonte (até aí sem novidades, todas as praças de roma tem fontes) a diferença é que essa fonte, chamada "Fonatana della Barcaccia" foi projetada em formato de embarcação, para represenar a grande inundação de 1958 quando um barco ficou encalhado na região. É possível ver pela disposição dos elementos a idéia de naufrágio.

Além da fonte, vem minha parte favorita.: Há uma escadaria que liga a fontana á Chiesa (igreja) di Trinitá di Monti, e não é qualquer escadaria... É simplesmente uma das escadarias mais famosas do mundo, pois aqui na Scalinata della Trinità di monti, ocorrem os desfiles de lançamentos das maiores grifes do mundo, a escadaria tem 138 degraus de diferentes proporções. Turistas se espremem aqui para tirar a melhor foto ou para sentar e fazer vários nadas, assim como eu que aproveitei a vibe do local e fiquei apreciando a fonte.



Recentemente foi restaurada num projeto patrocinado pela Bulgari e hoje está mais branca e linda, porém a Bulgari quer restringir o acesso de pessoas, o que não deverá ocorrer (espero!). Ao chegar na igreja, aproveite o pôr do sol! É possível ter uma visão espetacular de Roma e ao fundo a cúpula da Basilica de São Pedro.




Dali segui á Villa Borghese. Há um parque, um dos mais extensos de Roma, que foi propriedade do Papa Scipione Borghese. Nessa região, existe um museu com todas as obras de arte do papa. O parque para mim não foi atrativo, mas dentro dele ainda temos um lago artificial, um aviário e o Casino della Meridiana.


A entrada da Villa Borghese é mais legal do que o parque. logo na entrada, alguns arcos dividem a região, estes arcos estão no largo chamado de Federico Fellini.



Nesta região, há ainda o macabro convento dos capuchinhos. O convento está logo abaixo da igreja de Santa maria della Concezione. Alguém havia me falado dessa igreja e resolvi ir conhecer.
Quem vê a igreja por fora, construída em 1626, nem imagina que no subsolo existe uma capela toda decorada do teto ás paredes, de ossos e esqueletos de 4000 monges capuchinhos mortos entre os anos 1528 até 1870. O chão é feito de areia trazida da Palestina. Não é permitido fotografar por dentro da igreja, mas devo dizer que é macabro!


Não falta igreja em Roma, tem para todos os gostos e estilos. O problema é que muitas são pagas, ou para você conseguir ver alguma imagem nas incontáveis capelinhas, é necessário pagar para acender a luz... Uma das igrejas que recomendo é a Santa Maria Sopra Minerva, pois é a única igreja gótica de Roma. A arte existente nela, decorada por muitos artistas, tornam seu interior algo impressionante. 



Do lado de fora da igreja, tem um monumento esquisito, mas muito amado pelos romanos. o elefante branco de Bernini. Nas costas dele, há um obelisco egípcio do seculo VI e com a inscrição: "Uma mente poderosa é necessária para sustentar uma sólida sabedoria".


Quer mais igreja? Na estação San Giovani está localizada a catedral de Roma (não é São Pedro, pois essa é do Vaticano) estou falando da San Giovanni in Laterano. Uma igreja em estilo barroco, toda branquinha construída em 1735. na parte de cima, 15 estátuas que representam Cristo, os dois santos de nome João e os doutores da igreja.

    

Se não falta igreja, também não falta praça...Com fontanas. Um exemplo, é a monumental Piazza Navona, essa praça vários artistas colocaram suas características. na falta de uma, tem duas fontes.
Há uma fonte gigante de Netuno, onde os turistas se estapeiam por uma foto. Em Roma, nada é vazio, você nunca vai conseguir uma foto decente na luz do dia sem ter que se espremer entre as pessoas.
Na praça ainda está localizada a embaixada brasileira.

   


E só para não perder o costume, há outra igreja A S. Agnese in Agonie, projetada por diversos arquitetos. O nome nada tem a ver com agonia e sim com a palavra grega Agone, que significa local de competições. A praça era um local de competição, por sinal.



Chega de igreja e chega de praça... 
Em algum lugar, ouvi falar que existia um parque com ruínas dos antigos Acquedutos de Roma e bateu a curiosidade de conhecer. 
Como eu já disse, a cidade é farta em água e na época do império não era diferente. Os aquedutos foram construídos para levar água à cidade. Só em Roma, que na época era a maior cidade do mundo, existiam 11 aquedutos, uma obra de engenharia impressionante construídos com cimento vulcânico, pedra e tijolos. Os arcos eram construídos para suportar o aqueduto quando passavam pelos vales. Muita água era movida ali pela força da gravidade, somando os aquedutos de Roma, a capacidade de transporte era de 1 milhão metros cúbicos por dia.


O Parco degli Acquedotti tem suas ruínas preservadas e é frequentado pelos locais, pois há uma extensa área verde, ideal para um dia de sol. Esse é o tipo de passeio que não está no guia, portanto é fora do pacote turistão.


Antes de voltar ao hotel, dei uma passadinha em mais um local histórico: O Cinecittà, um complexo de teatros e estúdios situados na periferia oriental de Roma responsável pela maior parte da produção cinematográfica italiana, incluímos aqui, a séria Roma, da HBO. A visita só pode ser feita com guia e ele só fala em italiano. Esse passeio, certamente não é feito por muitos turistas, pois também não existe em nenhum guia para turista ver... 


Aqui encerra minha série de posts sobre Roma. na minha próxima aventura, contarei sobre um bate-e-volta de Roma para Nápoles.

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