Peru - Lima

É um pecado passar por Lima só em conexão e deixar de desfrutar das maravilhas que a cidade oferece.
No meu caso, consegui um stop over, o que me possibilitou 5 dias na cidade :)
Normalmente, as pessoas que estão em Lima já passaram por Cusco ou estão indo para Cusco, então é fácil você encontrar rostos conhecidos nestas cidades. No meu caso, meu stop over em Lima foi na ida para Cusco e no hostel que fiquei conheci muita gente que mais tarde reencontraria em outras cidades. Inclusive, muitos brasileiros!



Para começar, a cidade é conhecida pela rica gastronomia, não à toa, o ranking dos melhores chefs e restaurantes da América é constantemente encabeçado por peruanos, como exemplo, neste ano (2015-2016) temos 3 restaurantes entre os 100 melhores do mundo e o melhor da América, o eleito foi o Central. Isso sem falar no chef conhecido como o embaixador da culinária peruana, Gastón Acurio, dono entre muitos outros restaurantes do “Astrid e Gastón”. Este é o maior representante da culinária andina e é o responsável por incluir o país na famosa lista “Restaurant” a bíblia da gastronomia no final dos anos 90.
Sair de Lima sem experimentar o prato típico, o ceviche, é um pecado! Outros destaques da culinária que merecem respeito são o cuy (como se fosse um porquinho da India), lomo saltado e ají de galina.


Mas, não só de gastronomia vive Lima. A cidade em si é incrível.
O clima é predominantemente cinza, mas raramente chove, portanto é possível bater perna pela cidade sem se importar se chove ou não.
Lima é uma cidade que se assemelha muito com São Paulo, pela oferta de restaurantes e pela vida agitada com vários estabelecimentos abertos até tarde. Apesar de ser um país mais pobre que o Brasil, a segurança, tranquilidade e limpeza dela é impecável.



Cheguei numa bela noite e fiquei hospedada no Pariwana Hostel, que eu já tinha reservado online no Brasil. Conheci o hostel através dos sites Hostelworld e pelo tripadvisor, minhas principais referências para todas as viagens. O hostel possui camas confortáveis, um balcão de viagens, um pequeno restaurante no terraço onde após as 22h acontecem festas temáticas (as vezes tem aulas de salsa).
Por ser fora de hora e com a fome que eu estava, corri para o primeiro lugar que vendia qualquer coisa para comer e dei de cara com o Mc Donalds bem na frente do hostel e para completar, estava rolando maior auê na cidade, era época do teleton e várias intervenções culturais aconteceram por ali.
Aliás, fiquei no bairro de Miraflores, o mais animados e nobres de Lima. É o melhor bairro de Lima, pois está em uma localização privilegiada: perto de bares, praia e shopping... É o mais indicado para se  hospedar, boa oferta de hotéis e é um dos mais seguros.
Pertinho dali, fica a rua das pizzas (calle de las Pizzas) que nada mais é que um calçadão onde tem vários restaurantes (pizza principalmente) música ao vivo e bares diversos.
Se quiser uma baladinha, recomendo a Mokka Disco, que fica nos arredores... Típica balada boa e barata, mas se preferir, outras casas mais caras completam o roteiro. Me juntei com um grupo de brazucas e fomos à caça da balada perfeita. Por quê brasileiros? Por que geralmente são mais animados :)


Em frente ao hostel, o conhecido Parque Kennedy, uma área verde dentro do charmoso bairro onde os gatos (animais mesmo) se aglomeram.


Seguindo a avenida José Larco direto, saímos na “praia” ou melhor, no barranco que logo abaixo se vê a praia. Difícil é achar onde desce daquele barranco para a praia.
Também é a via que liga ao shopping Larcomar, um shopping diferente, cheia de lojas ao ar livre e restaurantes incríveis, entre eles o Tanta, uma das propriedades do Gastón Acurio. Prepare-se para a fila de espera de todos os restaurantes dali. Recomendo conhecer o restaurante Mango também, que não pertence a nenhum renomado chef, mas que tem uma comida tão boa quanto.
O shopping está bem no barranco, com uma incrível vista para o Oceano Pacífico.




Mais adiante, seguindo à direita do Larcomar,  temos o Parque do Amor, um parque lindo, onde as pessoas podem saltar de parapente (afinal está bem no barranco) além de curtirem um final de tarde maravilhoso. O parapente dá um visual diferente ao cinza da cidade.



O parque tem esse nome por ser um local romântico para os casais e além de tudo, tem o famosos monumento "O Beijo" de Victor Delfin.

Ainda neste parque, diversos bancos e mosaicos completam a paisagem, nestes bancos, diversas frases de poetas peruanos...


Bem em frente ao Parque Kennedy, todos os dias em dois horários diferentes. aparecem aqueles guias que fazem o walking tour, é interessante, mas no caso de Lima, o guia não era tão bom quanto o de Santiago (http://tourdahora.blogspot.com.br/2016/08/chile-santiago.html). O passeio tem inicio de ônibus (tipo BRT) que leva ao centro histórico e lá iniciamos de fato a parte do walking.



Neste walking tour, passamos pela Plaza de Armas (ou Plaza Mayor), Plaza San Martin, Catedral de Lima e finalmente, Igreja e Convento de São Francisco, onde tem restos mortais de mais de 25 mil pessoas, assim como em Roma (http://tourdahora.blogspot.com.br/2016/09/italia-roma-rome-parte-3.html), essa igreja faz parte de um conjunto arquitetônico do século XVII e é o complexo religioso mais bonito da cidade (segundo eles mesmos), realmente um conjunto de igrejas, biblioteca e salas que merecem respeito (pena que cheira a mofo).




Os bons observadores, perceberão que todas as construções históricas tem uma paleta de cores, essa paleta indica todas as cores que aquela construção já teve ao longo de suas restaurações.


Mais adiante, chegamos ao centro artesanal de Santo Domingo, um prédio com diversas lojinhas, ideal para a compra daquele souvenir ou daquela lã (caríssima de alpaca).



Neste tour também provamos o famosos Pisco Sour, segundo os peruanos, o original, afinal eles tem uma rivalidade histórica com o chile quanto ao dono do Pisco Sour. Para comer, sempre as empanadas, algo típico também em outros países da América Latina.
Não só de belezas vive Lima, também existe uma região muito pobre na cidade e segundo nosso guia, violenta.

Ainda caminhamos ao lado do parque de la Muralla, que estava fechado, em frente a ele tem alguns tanques de guerra.


Eu tinha colocado no meu roteiro, uma visita ao parque das Águas (ou parque da reserva) porém ele estava fechado para reformas.
De volta à região do hostel, vale ressaltar que assim como é praticado em SP, aos domingos algumas vias são fechadas para dar espaço a ciclistas e pedestres...




Seguindo uma dessas vias, é possível ter uma amostra do que eu veria em Cusco... Ruínas. Visitar a Huaca Pucllana, um sitio arqueológico dentro da capital pode ser uma boa pedida... É possível ir andando desde o Hostel. A visita é guiada, paga-se apenas a entrada. Dentre as ruínas, vemos pirâmides, lhamas e estátuas representando a civilização antiga. É um aquecimento para Cusco...



Em Lima não tem metrô, então os passeio podem ser feitos de BRT ou de taxi, que são bem baratos.
O trânsito de Lima é caótico e cheio de maus motoristas, então, se te falta paciência, não alugue um carro! O problema é que para tudo será necessário um taxi, pois tirando essa parte de Miraflores, o resto é tudo longe... Ah, e o taxi não tem taxímetro, o preço todo tem que ser negociado tanto em Lima como nas demais cidades peruanas.
Bom, já que peguei o táxi, o que fazer?
Ir ao Hard Rock Cafe, sempre! Diria que foi o lugar onde comi bem e mais barato em Lima. Apesar de ser capital da gastronomia, comer bem aqui custa caro!


Recomendo pelo menos uns 4 dias na cidade e se sobrar tempo, indico conhecer alguma das cidades próximas. Como fiquei 5 dias por lá, tive tempo para isso. Lembra que falei do balcão de viagens do hostel? Então, aqui ela fez a diferença e "como" fez essa diferença. explicarei no próximo post.

Comentários

  1. Curti bastante. Parabéns pelo relato!

    Daniel Lazzaro
    duranies80@hotmail.com

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    Respostas
    1. Obrigada!
      Tem muito mais sobre o Peru. Continue acompanhando :)

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