Peru - Paracas e Huacachina

Sabe aquele dia que você está de bobeira e já aproveitou tudo o que a cidade pode oferecer? Então, passei por isso em Lima e, lembra-se que no post sobre a cidade falei que tinha um balcão de turismo no hostel? Pois é, agora ele fez todo o sentido.
Eu tinha chegado de um passeio sem compromisso pelo centro de Lima e ao chegar no hostel, parei no balcão e fiz a seguinte pergunta para a agente: "O que tem de cidade próxima daqui que posso ir e voltar no mesmo dia?". Foi assim que Paracas e Huacachina entrou no meu roteiro... Um snap-packing de 1 dia ;)



Você deve estar se perguntando: Você sabia da existência destes locais? A resposta é... Claro que não! Na verdade, eu ia ver sobre as Linhas de Nazca, mas a própria guia me falou que não valeria tanto a pena (mais caro e mais longe e talvez menos interessante). Acho que era umas 10 horas da noite quando tive a grande idéia e o tour seria no dia seguinte as 5:40 da madrugada com retorno as 23:30. Puxado? férias é isso, e decisões impulsivas são sempre boas! Essa brincadeira custou 119 dólares, afinal não tive tempo de pesquisar outros locais. Nesse valor estava incluído o ônibus com guia ida e volta, passeio de barco em Paracas, Buggy e sandboard em Huacacchina.
dia seguinte, na hora marcada, chega meu bus na frente do hostel com a primeira parada: Paracas.
Paracas é uma pequena vila que fica a 250 km de Lima onde está localizada a principal reserva ambiental do Peru, uma área natural preservada tombada pela Unesco como patrimônio natural da humanidade. Para os admiradores da natureza, é parada obrigatória, pois aqui, tomamos um passeio pelas Islas Ballestas onde é possível ver de perto a diversidade do ecossistema da região. 

O passeio é feito de barco e a primeira coisa que vemos após aluns minutos dentro dele é a figura lendária e misteriosa em uma das montanhas: O candelabro
Existem várias teorias sobre o que é e como foi parar este desenho na montanha, entre elas a presença de alienígenas que colocara este sinal para dizermos que não estamos sozinhos no universo, outra teoria diz que a origem é a mesma das linhas de Nazca ou até um desenho deixado pelos Incas... A verdade, é um mistério não revelado.


Mais adiante, chegamos nas Islas Ballestas, um arquipélago com mais de 200 espécies de aves, entre elas os pinguins ameaçados de extinção, leões-marinhos e o pelicano.



Ballestas significa arcos, não à toa, as rochas tem formas de arcos. Ahhh e tem estrelas do mar também, fofo né?!





Não podemos desder nas ilhas, então todos os arquipélagos visitamos com o barco e sem sair do barco.


Este ambiente atrai muitas, muitas aves e um fato curioso é a grande produção de cocô dessas aves... Curioso por quê? Poque esse cocô (eles o chamam de guano) é exportado, meu bem! Um item valiosíssimo que já foi usado como adubo químico. A exportação deste item rendeu grana o suficiente para o Peru quitar sua dívida externa. Só um detalhe: Se prepare para o cheiro forte! Nas fotos vocês verão manchas brancas nas pedras... É muito guano!

Se prepare para o friozinho também, pois ali tem o clima de deserto: ou muito calor, ou muito frio.
Terminado o passeio de barco, era hora de almoçar e observar o pier e as aves em seu habitat.




Após o almoço, seguimos no busão para nossa próxima cidade: Huacacchina. 
Eu estava ansiosa, pois teria passeio de buggy, sandboard, pôr do sol no deserto....


Huacacchina é uma vila pertencente a Ica, construída em volta de um oasis e cercado por um desertão de areia. É também chamado de Oasis da América.



Reza a lenda que esse oasis surgiu quando uma princesa foi sequestrada por um caçador enquanto se banhava, ao sair da piscina, esta se tornou o lago o balanço de seu vestido enquanto corria transformou os arredores em dunas, dizem ainda que ela morou ali nesta região como uma sereia, que atraia os homens que iam se banhar no oasis para o fundo da lagoa.


Lenda ou não, o lugar é lindo e os arredores da lagoa são um charme. é possível alugar pedalinhos para explorar a lagoa.
Após uma voltinha por ali, partimos para o passeio radical de buggy... haja coração!



No meio do passeio, o motorista nos entregava as pranchas para descermos do sandboard pelas gigantes dunas. Sério, só dá para se aventurar umas três vezes, porque subir aquilo ali não é fácil. A areia é muito fofa, então você afunda rápido, venta bastante ao mesmo tempo que faz muito calor e o tênis cheio de areia, junto com várias partes do corpo a milanesa incomodam bastante.
O guia ensina como descer, dá as dicas de como não se machucar e como parar.


Dica: Mesmo que o sol esteja de rachar, tem que ir de calça para o passeio, ou os guias não te deixam descer as dunas.


Após vários capotes e muitos quilos de areia no tênis, era hora de apreciar o por do sol em cima das dunas. 


Finalizado o espetáculo da natureza, hora de voltar ao Buggy para ir para o busão e voltar para Lima.Aliás, última noite em Lima, que acabei não dormindo, afinal em poucas horas após a chegada em Lima eu embarcaria para para Cusco. 
Se liga no video abaixo com a minha passagem por Huacacchina :)


As aventuras de Cusco, conto no próximo post :)



Comentários

  1. Suponho que tenha sido difícil voltar 250km de ônibus com areia no corpp! Eu teria um treco....

    Daniel Lazzaro
    duranies80@hotmail.com

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    Respostas
    1. Foi a parte ruim.. Parecia uma milanesa. Mas compensa muito!

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  2. Jessica! Eu vou da só uma espiadinha tá?É um dos lugares mais lindo que vc já visitou....Esse é o meu ponto de vista!!!

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  3. Este comentário foi removido pelo autor.

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