Peru - Machu Picchu Parte II

No post anterior (Machu Picchu (parte 1) , falei sobre as formas de se chegar em Machu Picchu. Primeiro de tudo: Pegue o repelente!
Agora que já chegamos, aguardamos a abertura da Cidade Inca as 6h da manhã, é hora de começar a explorar.
 As entradas para Machu Picchu podem ser adquiridas em qualquer agência de Turismo pelo Peru ou através da internet nos sites  http://ingressomachupicchu.com ou http://www.machupicchu.gob.pe.
Vale lembrar que ingresso para estrangeiro custa mais caro e também que o acesso a cidadela é limitado, portanto compre com antecedência.
Leve seu passaporte, pois além de ser seu documento de identificação, você poderá carimbar na entrada com um "stamp" super estiloso. O carimbo fica ao lado do centro de informações turísticas bem na entrada. 

As opções de ingresso (e preços base 2017)  são:
  • Machu Picchu solo, (disponibilidade de 2500 pessoas no período da manhã e 1000 pessoas a tarde) - Custa 152 soles  pela manhã e 100 soles no período vespertino. Te dá acesso a todo o parque, exceto subida às montanhas e o museu. É o ingresso mais fácil para conseguir em cima da hora, pois apesar da limitação, é mais difícil de atingir a capacidade máxima. Fique tranquilo, pois aquela foto clássica com a montanha de fundo e a cidade aos pés fica logo na entrada de Machu Picchu e qualquer ingresso dá esse acesso.

  • Machu Picchu + Montaña (disponibilidade de 400 pessoas por período, sendo 1º período entrada das 7h as 8h e segundo período entrada das 10h as 11h) Custa 200 soles. Quem já fez essa trilha, garante que é espetacular, apesar de não se ver ruínas no meio do trajeto. São mais ou menos 3:30 no trajeto de subida e descida. A montanha tem 3.082 m e é mais alta que Huayna Picchu, porém menos íngreme, o que exige esforço moderado do aventureiro. A partir da Machu Picchu Montaña, você tem a vista da cidadela e de Huayna Picchu.
  • Machu Picchu + Huayna Picchu (disponibilidade de 200 pessoas por período, sendo 1º período entrada das 7h as 8h e segundo período entrada das 10 as 11h) Custa 200 soles. Se perder seu horário de entrada, esquece, não tem choro!
Só para te situar, Huayna Picchu é a montanha clássica que aparece no fundo da Cidade Inca.
Essa trilha tem seus desafios, apesar da montanha ter (apenas) 2.693m, ela é bem íngreme o que exige um esforço médio de nós, pobres viajantes aventureiros. São mais ou menos 1:00h de subida, desafiando o mal de altitude e indo devagar, parando para beber uma água, tirar foto e descansar. A chegada ao topo se dá por uma caverna e quem vai para a Huayna Picchu tem acesso a um templo (Templo da Lua). 



Huayna Picchu foi a minha opção, comprei  com 3 meses de antecedência e quase não consegui encontrar. Peguei o primeiro grupo, o que me permitiu acessar rapidamente o parque, pois não queria enfrentar a muvuca, tirar uma foto clássica e correr para entrada  da Huayna Picchu. É a mais concorrida e com menos disponibilidade. A entrada é feita por uma cabana onde você assina o livro na subida e na descida. Passando pela cabana, primeiro você começa um trajeto descendo e depois é só subida.



No dia que fui, o tempo estava nublado e em algumas partes da subida a garoa me exigiu mais atenção, porém foi bom por que subir com o calor torna o desafio ainda maior para seu condicionamento físico (ou falta dele). Diria que  subida é desafiadora, por que em alguns trechos os degraus são bem estreitos e é necessário agarrar na rochas para subir, em alguns pontos tem cordas para se apoiar e tem aquelas pessoas que utilizam bastões para ajudar na subida, além disso, pensa num precipício...É tenso! Se você tem algum problema de labirintite, não faça! Apesar do desafio e do caminho complicado, homens, mulheres, crianças e idosos fazem essa trilha. Se der palpitação, não dá nada conte até três (menção honrosa à Karol com K), respire, tome água, passe mais repelente e protetor solar e vamos de novo!


Tire umas fotos na subida, tem lugares bem legais!


Eu fiz um vídeo do meu trajeto de subida e postei no youtube Machu Picchu... Recomendo! Detalhe, eu estava sem voz, afinal eu cometi alguns excessos, tipo festejar demais em Cusco antes de ir para Machu Picchu, portanto, não reparem!



O problema de ir muito cedo é que a neblina atrapalha boa parte do tempo, então a visão fica prejudicada, como peguei um dia de tempo nublado, a vista ficou bastante prejudicada não só na Huayna Picchu como também na cidadela. Ah, para voltar começou a chover, portanto descer foi mais difícil do que subir, afinal escorregava muito! Aquele ditado que para descer todo santo ajuda não cabia aqui!


Lá no topo, tem vários espaços para você ficar, portanto não ficam as 200 pessoas muvucadas num lugar só e você tem um tempo para aproveitar como quiser, daí quando o tempo esgota, a organização do parque te convida a descer ahahaha... Eu tirei fotos e em alguns momentos fiquei apenas observando o nada, mas teve um cara que aproveitou o tempo livre para ler um livro e teve até um noivo que pediu a noiva em casamento lá em cima, sob os olhares e aplausos de nós, meros estranhos...

 Se você me perguntar se eu recomendo subir, eu digo: É claro! Principalmente se você curte testar seus limites, o fato de você chegar ao topo é gratificante. Daí você pergunta: E se eu não subir, vai mudar muito?  A resposta é: Não! Você não perde as atrações do parque só por isso...A subida à Huayna Picchu é um Plus!

Independente de você subir algumas das montanhas, o ingresso te dará acesso à cidadela de Machu Picchu, e após sua descida, você pode aproveitar tudo o que a cidade Inca tem para oferecer. Não é necessário contratar um guia, mas seria adequado para caso você queira conhecer a história de cada local. 

Os guias podem ser contratados na hora, bem na entrada de Machu Picchu e pode ser feito a qualquer horário e em qualquer idioma. Após descer a Huayna Picchu, fazer o trajeto com o guia requer coragem, mas fiz assim mesmo! Vários sobes e desces de escadas completaram meu dia.
O guia vai te levar a cada cômodo da casa e a cada templo, vai explicar a história e de quebra, tirar suas fotos hehe..



Recomendo para qualquer trajeto, levar uma bolsa leve, com água e comidinha... Se estiver com medo de passar mal, leve folhas de coca (não é ilegal e pode ser muito útil). Falei diversas vezes do repelente e tem um motivo: A picada do mosquito deixa um caroço na sua pele que  coça por dias, sem contar que fica tipo um hematoma... É horrível e os bichinhos castigam mesmo. É possível reconhecer uma pessoa que esteve em Machu Picchu só pelos hematomas, mesmo com repelente, tem um bichinho esperto que acha um local onde você esqueceu de proteger. O conselho do repelente eu ouvi desde o primeiro dia que cheguei ao Peru, ainda em Lima e ouvi por todos os dias de minha estadia por lá. Não esqueça também o protetor solar, um chapéu e o óculos escuro.

Essa foi a saga por Machu Picchu. 
Ainda fiz mais um passeio pelo Peru e os detalhes, conto no próximo capítulo.

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