Chacaltaya / Valle de la Luna / Copacabana - Bolivia

Continuando o post sobre a Bolívia, vou falar agora sobre as escapadas pelos arredores de La Paz.




3º dia na Bolivia: Chacaltaya y Valle de La Luna

Um tour para Chacaltaya sai por volta das 8 da manhã. Chacaltaya e uma montanha que já foi a estação de ski mais alta do mundo, hoje desativada devido ao aquecimento global, que provocou o derretimento das geleiras.



A van passa por algumas estradas muito sinuosas para chegar no pé da montanha, o trajeto pode te causar enjoos, mas também te proporcionará paisagens incríveis.





Ao chegar, você desce no pé da montanha a 5200 m acima do nível do mar e faz o resto do trajeto andando (mais uns 200 metros). Parece pouco, mas na altitude subir um metro se torna um sacrifício, tanto que alguns optam por não subir mais... Eu subi!
Vejam no meu instagram tem alguns destaques deste trajeto (instagram.com/jessica_bordin)

É difícil, mas vou te falar... Compensa muito! Você só precisa de paciência, pois as vezes o tempo está nublado e do nada se abre... Na minha subida, isso aconteceu algumas vezes, tinha hora que não enxergava nada e tinha hora que o tempo abria.




Caso o acesso a essa montanha esteja fechado existe outra montanha mais alta ainda, a Huayna Potosí, com mais de 6 mil metros acima no nível do mar. Para subir essa, precisa de equipamento especifico e outra coisa, existem passeios de dias para essa montanha.

Normalmente ao fechar esse passeio, temos o Valle de la Luna no combo, mas o Valle de La Luna fica nos ao sul de La Paz e pode ser feito por conta. No meu caso, foi no tour mesmo (a maioria das agências incluem este passeio)

O Valle de la Luna leva esse nome por que se assemelha a Lua...

Passear por lá, te dá uma impressão de realmente estar fora deste planeta.



Só se prepare para as temperaturas... Saímos de temperaturas próximas de zero no Chacaltaya para um calor insuportável no Vale de la Luna, portanto este combo pode ser mau negócio.




No final da tarde o passeio se encerra e saímos para buscar um novo detido para o dia seguinte.

4º dia: Titikaka, em Copacabana

Esse passeio é super popular para quem está em La Paz (Bolívia) e também para quem está em Puno (Peru), pois o lago Titikaka divide os dois países.


Lago Titikaka... O maior lago navegável do mundo... Já falei dele em meu post sobre Puno, no Peru, mas agora estamos do outro lado dele: O lado de Copacabana na Bolívia.
Para chegar em Copacabana,  você pode buscar uma agência de turismo em La Paz e fazer o passeio em um dia ou você pode ir por conta.  É possível ir à rodoviária de La Paz e comprar seus bilhetes de ônibus rodoviário. O trajeto leva umas 4 horas, pois embora sejam somente 150 km desde La Paz, as estradas não ajudam muito.
Não há paradas no caminho, a única parada que temos é quando precisamos atravessar um canal já no  Titikaka de mais ou menos 1km. Todos as pessoas do ônibus descem e entram num barquinho e o nosso ônibus pega uma balsa (pensa que a balsa pega 1 ônibus por vez...)





Atravessando o canal, vamos pegar o ônibus de novo e ir para a primeira parada: A catedral de Nossa Senhora de Copacabana, uma igreja renascentista construída em 1550 mesclando os estilos católicos e indígenas. Nesta basílica e onde está a imagem da santa padroeira da Bolívia.


Saindo da igreja, vamos andar ao porto, almoçar (encontrei Inka Kola :)) e depois pegar mais um barco para ir para as demais paradas.







A nossa parada, foi exatamente em Isla del Sol (parte Sur) na comunidade Yumani

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A ilha é um local sagrado para os Incas e se você for sem guia de tuismo, recomendo ficar lá uma noite para conhecer toda a ilha, existe até um hostel nela para facilitar sua vida.
Como fui com agência, a passada foi rápida, portanto deu tempo de subir todos os degraus possíveis (se não me engano 500) na entrada da comunidade, conhecer a fonte da juventude, que tem três bicas diferentes sendo a bica da esquerda a responsável pela juventude  (tem um video disso no meu insta), ver as ruínas e descer.



Esses degraus te levam a uma altitude de 4000 m acima do nível do mar, portanto além de serem muitos, a altitude vai dificultar ainda mais sua subida.




Antes de descer, vamos conhecer as ruínas e aproveitar para tirar umas fotos do lago.





Descendo das ruínas, os 500 degraus de volta, é hora de partir. Mal deu tempo de ver as lojinhas...

É um passeio legal, mas é corrido e não sobra tempo para ver muita coisa...







Na volta para La Paz, atravessaremos um canal de 1 km de barco e esperaremos uma eternidade para  nosso ônibus atravessar de balsa na volta, a nossa chegada em la Paz foi mais de onze da noite.

Quem vai por conta e tem tempo, recomendo ficar uma noite para que possa ir com calma ao mirante de Cerro do Calvário, para ter a melhor vista de Copacabana. Neste mirante, temos as estações da via Sacra através de esculturas.
Por ser um cerro, existe uma subidinha boa, que numa altitude de mais de 3500 metros, dificulta bastante nossa vida...



Curiosidades :


  • Dizem que a civilização inca começou aqui.
  • O bairro de Copacabana, no Rio de Janeiro, recebeu este nome graças a cidade de Copacabana na Bolívia.

Alerta!!!!

Banheiro se torna um luxo nesses passeios... Preparem-se para situações precárias, tais como banheiros sujos, sem papel, sem descarga e até sem lugar para lavar a mão...

Esse foi nosso ônibus de volta a la Paz, como era época de carnaval, tudo estava enfeitado, inclusive os carros e ônibus.

Só para vocês saberem um pouco mais do carnaval na Bolivia.
Falando especificamente de La Paz, as celebrações duram uns 7 dias, sendo que o sétimo é dedicado a saber se os casais que se formaram durante o carnaval deram certo.
Sim, o Carnaval lá não é pegação, é um evento para arrumar namoro mesmo hahahaha.
Outro costume que eles tem é oferecer bebidas a Pachamama, é o nosso oferecer pro santo, sabe? Você pega a sua bebida e joga no chão... É isso!

Mas o carnaval também acontece em outras cidades, sendo o maior carnaval e mais conhecido é o da cidade de Oruro, um carnaval tradicional com fantasias, alegorias e que é transmitido nos canais de TV assim como o nosso.
Neste carnaval, se agradece a Pachamama e se pede por um bom período de colheita.
O evento em Oruro movimenta muito o turismo local e também existe compra de ingressos que podem chegar em até R$ 1700,00.

Voltamos para La Paz em nosso último dia, e por incrível que pareça se tivesse mais tempo, ainda teriam muito mais atrações nos arredores de La Paz, incluindo o Salar de Uyuni que pode ser feito num bate-volta, a Ruta de la Muerte (popular entre os aventureiros) e tantos sítios arqueológicos impressionantes.

Com a folga de Carnaval acabando, hora de voltar para casa, mas antes aproveitamos nossa escala de algumas horas para conhecer mais uma cidade:

5º dia: Cochabamba

Cochabamba já é uma cidade mais plana, moderna, e não tem tanto efeito na altitude...
Por ser uma cidade mais desenvolvida, também foi uma cidade que senti menos segurança... Encontramos pedintes, coisa que em La Paz não vimos, senti que a segurança ali e mais falha, vimos pichações... Enfim, vemos os problemas de cidades grandes que, embora La Paz seja maior, não encontramos lá.



O ponto turístico mais famoso, é o Cristo de La Concordia e, embora não apreça e embora os cariocas vão dizer que é mentira, esse Cristo e maior do que o Cristo Redentor, pois mede 34,20m de altura, sob um pedestal de 6,24m, totalizando 40,44m.
Ela parece ser menor por causa do seu pedestal, mas sim, ela é maior que o Redentor. O Cristo Redentor mede 30m mas tem 8m de pedestal, ou seja, é uma ilusão de ótica.
Como curiosidade, o maior Cristo de todos chama-se estátua do Cristo Rei e está localizada em Almada-Portugal.



Para subir ao Cristo de la Concordia, recomendo fortemente ir de táxi ou bus, pois cansa muito, mesmo que nessa cidade não tenhamos efeito da altitude que temos nas demais.
para descer, fomos nas escadas mesmo, e embora vocês digam que para descer todo santo ajuda, mais uma vez eu vou dizer: Vocês nunca encararam uma descida dessas... As pernas tremem.
Tem os atletas que nos orgulham que sobem e descem de escada, mas meu histórico de atleta não me permite fazer o mesmo.



Saindo do Cristo, você não tem mais muito o que fazer na cidade, ainda mais num feriado,  portanto essa foi nossa única parada.
Essas foram as aventuras pela Bolívia...

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